WWDC 2025 da Apple: Entre Aplausos Encerrados e Promessas Vazias de IA
Publicado em 15 de junho de 2025

Uma Serenata Dissonante para Desenvolvedores
A Apple encerrou a keynote da WWDC 2025 com uma canção exaltando os desenvolvedores, transformando avaliações positivas da App Store em música. Uma tentativa de afago que soou dissonante diante das recentes batalhas na App Store e das promessas não cumpridas no campo da Inteligência Artificial. A comunidade de desenvolvedores, essencial para o ecossistema Apple, esperava mais do que uma serenata.
IA: Promessas Vazias e Dependência Crescente
No front da IA, a Apple mostrou-se hesitante. A prometida Siri com IA foi novamente adiada, frustrando expectativas. As novidades, como tradução em tempo real, apenas ecoaram funcionalidades do Google, enquanto a integração com ChatGPT sinalizou mais dependência do que inovação própria, sem notícias de parcerias com Gemini ou Anthropic.
App Store: Tensões Ignoradas e Novas Preocupações
Enquanto isso, as tensões sobre as comissões da App Store e as acusações de monopólio foram ignoradas. A Apple, após a derrota para a Epic Games nos EUA, optou pelo silêncio sobre pagamentos externos. Pelo contrário, o iOS 26 beta sugere um foco em anúncios na App Store, em vez de melhorias para os negócios dos desenvolvedores.
Interface "Liquid Glass": Estética Sem Profundidade?
A nova interface "Liquid Glass", inspirada no Vision Pro, foi apresentada como uma evolução estética. Contudo, faltaram justificativas claras para que os desenvolvedores refizessem seus apps ou uma visão de integração com futuras plataformas de AR. A cultura de segredo da Apple impediu uma conexão mais profunda sobre o futuro.
Conclusão: Uma Melodia Desafinada com a Realidade
A canção final, portanto, pareceu uma tentativa de encobrir as lacunas em IA e a contínua pressão sobre as receitas dos desenvolvedores. Foi mais uma performance do que um reconhecimento genuíno do valor da comunidade que impulsiona o sucesso da Apple. A empresa perdeu uma chance de ouro para reconstruir pontes, optando por uma melodia que, para muitos, soou desafinada com a realidade. (Fonte: Adaptado de TechCrunch)