Sustentabilidade Microsoft: Data Centers e o Desafio Carbono Zero
A Microsoft persegue a meta de ser carbono negativa até 2030, mas o crescimento explosivo de seus data centers para IA e nuvem impõe um desafio. O recente relatório de sustentabilidade da empresa, analisado aqui com base em informações do TechCrunch, mostra como a inovação acelerada testa os limites ambientais.

Emissões em Alta: O Impacto do Escopo 3
Desde 2020, as emissões de carbono da Microsoft subiram 23,4%, principalmente pela expansão de data centers. As emissões de Escopo 3 (indiretas, de materiais como aço, concreto e chips) compõem 97% do total. A empresa admite que reflete o desafio global por materiais mais verdes. A construção dessas instalações é inerentemente carbono-intensiva, desde o aço produzido com combustíveis fósseis ao concreto.
Energia e Chips: Obstáculos Adicionais
Mesmo os chips contêm carbono embutido, devido a químicos usados na sua fabricação. Encontrar energia limpa próxima aos data centers também é um problema, com o consumo crescendo mais rápido que a descarbonização das redes.
Progresso Lento Rumo a 2030
Houve uma pequena queda nas emissões em 2024 versus 2023, e a Microsoft investe em energia renovável e remoção de carbono. Contudo, a meta de 2030 parece distante. A expansão da IA, embora lucrativa, dificulta os objetivos de sustentabilidade. Este cenário evidencia a tensão entre avanço tecnológico e responsabilidade climática, um dilema para todo o setor. A transparência da Microsoft é positiva, mas a jornada é árdua.
Fonte: TechCrunch