Intempus: Robôs com Emoções para IA e Interação Humana
Publicado em 05 de junho de 2025
A Intempus, fundada pelo jovem Teddy Warner, de 19 anos, está redefinindo a interação humano-robô ao propor que máquinas desenvolvam um 'estado fisiológico' similar ao nosso. A ideia é que robôs não apenas executem tarefas, mas expressem 'emoções' através de movimentos cinéticos, tornando-os mais previsíveis e a comunicação mais intuitiva.

A Lacuna do 'Passo B' na Robótica Atual
Warner percebeu uma lacuna fundamental: robôs operam num modelo 'observação-ação', pulando o 'estado fisiológico intermediário' presente em humanos e animais – o que ele chama de 'passo B'. Essa ausência limita a capacidade dos robôs de compreender o mundo espacialmente e dificulta o treino de modelos de IA avançados, como os 'world AI models'.
Humanizando Robôs com Dados Fisiológicos
A tecnologia da Intempus visa 'humanizar' robôs existentes, utilizando dados como suor, temperatura corporal e frequência cardíaca para gerar expressões. 'Queremos que os robôs entendam o mundo como um humano e se comuniquem de forma inata', afirma Warner. Essa abordagem inovadora, que começou com a análise de dados de polígrafos, busca criar uma base para que robôs demonstrem 'alegria' ou 'estresse', por exemplo.
Implicações e Aplicações Futuras
As implicações são vastas: desde robôs industriais que sinalizam suas intenções de movimento de forma mais clara, evitando acidentes, até assistentes pessoais com os quais podemos nos relacionar de maneira mais natural. Além disso, os dados gerados por esses robôs 'sensíveis' podem ser cruciais para treinar IAs mais sofisticadas e conscientes do ambiente.
Trajetória e Visão da Intempus
Apesar de recente, lançada em setembro de 2024, a Intempus já atraiu sete parceiros corporativos e o apoio da Thiel Fellowship. O próximo passo é expandir a equipe e testar a tecnologia com humanos. O objetivo, segundo Warner, é 'provar que um robô pode transmitir emoção e intenção de forma inata'. Esta iniciativa não só promete robôs mais expressivos, mas também um futuro onde a colaboração entre humanos e máquinas seja mais profunda e compreensível.
Fonte: TechCrunch